A EPIFANIA DO SENHOR
Inicia-se hoje, neste ciclo do Natal, o Tempo da Epifania. Em luga da palavra epifania (que significa manifestação) é também utilizada teofania (manifestação divina). No Rito Gregoriano, à festa da Epifania se seguem o Domingo da Sagrada Família (ao I Domingo depois da Epifania), a Comemoração do Batismo do Senhor (na oitava da Epifania, ou seja, dia 13 de janeiro) e mais dois a seis domingos a depender da data da Páscoa.
Todas essas festas têm uma íntima relação com a manifestação da divindade dAquele Menino nascido na manjedoura em Belém (pela Estrela, aos doutores, pela nuvem, pela conversão da água e pelos milagres operados) [1]. Tradicionalmente, principalmente entre os orientais, três são as principais manifestações do Senhor: aos Magos, no Jordão e nas Bodas. Passemos para a principal delas, a Epifania propriamente.
A importância desta festa vem do fato de que ela é para nós, não judeus, o Natal. No dia do nascimento do Salvador, os Anjos anunciaram aos pastores, que eram judeus, o exórdio externo da Redenção humana. Assim tinha que ser, pois são eles, os judeus, o povo escolhido a quem coube receber em primeiro a boa nova. Para nós, gentios, o anúncio da concretização da libertação do pecado se deu mais tardiamente.
Na festa da Epifania do Senhor (ou primeira teofania), quatro realidades são destaques: a Estrela, o Menino, os Magos e os presentes.
A Estrela que ilumina o céu, sinal da manifestação de Cristo, que os Padres ensinam ser um Anjo ─ provavelmente o mesmo Anjo que participou de todos os momentos do Verbo no tempo, desde o anúncio de Sua misteriosa Encarnação.
O Menino, o Verbo feito homem no sei da Virgem, que com Sua luz ilumina as trevas (cf. Jo 1,9). A Criança que é Deus, Rei e Homem.
Os Magos, vindos do extremo da terra para adorar a Deus. Neles, todos nós recebemos a notícia do Deus encarnado e identificamo-nos. Também neles, ao primeiro povo, é explicitado que o Emanuel veio para todos, mesmo que comamos apenas as migalhas da mesa (cf. Mt 15,27).
Os presentes: ouro, incenso e mirra: Rei, Deus e Homem. De fato, a Cristo Jesus cabem a realeza, a divindade e o sacrifício. A Ele não mais se oferecem esses dons, mas Aquele que nos presentes é declarado, imolado e tomado, Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Secreta).
Para além do acontecimento passado, a Liturgia que é sempre viva nos serve para o presente. Assim, a Estrela é a Santa Igreja que nos apresenta o Menino, que Se encontra nos braços daquela, que com seu consentimento nos deu o Salvador, a sempre Virgem Maria. Os Magos somos nós, os gentios, que apesar de não pertencermos ao povo escolhido, somos chamados a fazer parte da família de Deus (cf. oração Hanc igitur do Cânon da Missa). E os presentes resumem a Santa Encarnação: Rei, Deus e Vítima.
FONTE: A SAGRADA EPIFANIA DO SENHOR | Pela Fé Católica (pelafecatolica.com)
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